CPC-UMES FILMES

A distribuidora CPC-UMES Filmes está no mercado nacional de home vídeo desde 2014, com 67 títulos lançados em DVD e Blu-Ray. Com licenciamento direto do Mosfilm, os filmes incluem clássicos do cinema soviético e russo de nomes como Sergei M. Eisenstein (O Velho e o Novo, 1929, com codireção de Grigori Aleksandrov; Aleksandr Nevsky, 1938), Andrei Tarkóvski (Solaris, 1972), Vsevolod Pudovkin (O Retorno de Vassily Bortnikov, 1953) e tantos outros.

A parceria com a Mosfilm prevê também o licenciamento para exibições em mostras, festivais, TV aberta e fechada, streaming. Em 14 de setembro de 2017 realizamos nosso primeiro lançamento no circuito comercial de salas de cinema, com O Tigre Branco do premiado diretor russo Karen Shakhnazarov. Já em 2018, com lançamento ampliado para 20 estados, lançamos o épico Anna Karenina. A história de Vronsky, também de Shakhnazarov. Para o ano de 2023 estamos preparando o lançamento de Vladivostok, de Anton Bormatov.

Listamos, a seguir, os títulos lançados em DVD e Blue-Ray:

LENIN EM OUTUBRO (1937), de Mikhail Romm

Neste clássico de Mikhail Romm, estamos em 1917. A Frota do Báltico e unidades do Exército estão sublevadas contra o governo Kerenski, unindo as vozes às dos operários e camponeses que exigem paz: a saída da Rússia da guerra mundial. Lenin chega a Petrogrado num trem vindo da Finlândia e na reunião do Comitê Central, de 10 de outubro, derrota as resistências de Zinoviev, Kamenev e Trotsky para deflagrar a insurreição. Paralelamente, as forças contrarrevolucionárias organizam uma caçada para matar o líder dos bolcheviques. Os acontecimentos se precipitam em ritmo veloz até o momento final: sob as bandeiras de “Pão, Paz e Terra!” e “Todo Poder aos Sovietes!”, a Revolução de Outubro triunfa.

VOLGA-VOLGA (1938), de Grigori Aleksandrov

Acompanhados pelo burocrata Byalov, que pretende utilizá-los em proveito de sua ascensão, dois grupos rivais de artistas amadores – um erudito e outro popular – deixam a aldeia em que vivem e vão a Moscou para participar de um concurso de talentos. A maior parte da ação se passa em um barco a vapor viajando pelo rio Volga. O nome do filme é retirado da canção popular russa “Stenka Razin”, que Aleksandrov cantava enquanto remava com Charlie Chaplin nas águas da baía de San Francisco. Chaplin, brincando, sugeriu as palavras para título de um filme, e Aleksandrov aproveitou a dica. Conta a lenda que era o preferido de Stalin.

CIRCUS (1936), de Grigori Aleksandrov

Enquanto a Grande Depressão arrasava a economia dos EUA, os planos quinquenais produziam um intenso desenvolvimento na União Soviética. É lá que acaba indo parar uma artista de circo americana ao fugir de uma multidão enfurecida com o fato dela ter dado à luz um bebê negro. Marion Dixon busca abrigo num trem, onde encontra o agente teatral alemão Franz von Kneishitz, que a recruta para uma turnê circense pela URSS e procura mantê-la como escrava sob a ameaça de revelar seu segredo.

A MÃE (1989), de Gleb Panfilov

Retrato duro, vigoroso e pungente da Rússia pré-revolucionária focado na transformação de Pelageya Nilovna de camponesa submissa, escrava dos seus medos e da brutalidade doméstica, em mulher que se engaja na luta dos trabalhadores, ocupando progressivamente o lugar de seu filho Pavel, preso e encarcerado pela polícia política. Realizada por Gleb Panfilov em 1989, esta é a quarta adaptação cinematográfica do romance homônimo de Maksim Gorky. As outras três são de Vsevolod Pudovkin (1926), Leonid Lukov (1941) e Mark Donskoy (1956). Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes.

TRATORISTAS (1939), de Ivan Pyryev

Klim Iarko, piloto de tanque que estivera servindo no Extremo Oriente, volta da guerra para retomar suas funções como mecânico de tratrores. Apaixonado por Mariana Bazhan, líder de uma famosa equipe feminina de tratoristas, e que possui inúmeros fãs e pretendentes, o rapaz vai à sua procura. Mecânico experiente, Klim se desdobra para dar mais eficiência ao trabalho dos tratoristas e conquistar o coração de Mariana. A canção-tema que acompanha os créditos desta comédia musical se tornou um marcante sucesso popular.

O FASCISMO DE TODOS OS DIAS (1965), de Mikhail Romm

Intercalando imagens do presente (1965) e material capturado do arquivo do Ministério de Propaganda do III Reich, da coleção pessoal de Hitler e fotografias apreendidas de soldados alemães da SS, Mikhail Romm, diretor e também narrador do filme, desenvolve uma aguda reflexão sobre a natureza do fascismo, enquanto reconstrói a trajetória de sua ascensão e queda. “O Fascismo de Todos os Dias” é de longe o mais profundo, criativo e impactante documentário realizado sobre o tema.

PRIMAVERA (1947), de Grigori Aleksandrov

Quinta comédia musical com direção de Grigori Aleksandrov e trilha composta por Isaak Dunaievsky, na qual Liubov Orlova contracena com Nikolai Cherkasov, o astro de Eisenstein em “Alexandre Nevsky” e “Ivan, o Terrível”. A seqüência de abertura marca o ritmo febril da reconstrução do país no início do pós-guerra, período em que se situa o enredo do filme. Uma sucessão de quiprocós leva artistas e cientistas a superarem preconceitos mútuos, aprendendo a conhecer melhor o papel de cada um na sociedade.

ÀS SEIS DA TARDE, DEPOIS DA GUERRA (1944), de Ivan Pyryev

Na despedida, eles juraram reencontrar-se, não importava o que acontecesse, às seis horas da tarde depois do final da guerra, na Ponte da Pedra, em Moscou. A promessa seria capaz de resistir aos golpes do destino, durante os anos de terríveis combates? Partindo deste tema pouco convencional para um musical, a parceria entre o diretor Ivan Pyriev e o compositor Tikkon Khrennikov repetiu o êxito de “Encontro em Moscou”, realizado em 1941. “Às Seis da Tarde, Depois da Guerra” foi lançado em 1944. A guerra só terminaria no ano seguinte.

O RETORNO DE VASSILY BORTNIKOV (1953), de Vsevolod Pudovkin

Dado como desaparecido na guerra, Vassily Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Comunista abnegado e voluntarioso, ele enfrenta a situação. Em seguida assume a liderança da reconstrução do kholkóz, mergulha de cabeça na batalha pelo aumento da produção, mas com o passar do tempo vai se dando conta de que suas soluções para os problemas não estão funcionando bem. Os novos tempos exigem dele algo mais.

A VIDA É MARAVILHOSA (1979), de Grigori Chukhray

O piloto Antonio Murillo foi expulso do Exército por se recusar a abrir fogo contra uma embarcação que transportava mulheres e crianças em fuga. Seu principal objetivo agora é viver sem complicações, dirigindo seu táxi, mas ao envolver-se com Mary, garçonete de um café local, terá que fazer uma escolha. A história se passa num país sem nome, situado na Europa, governado por uma Junta Militar. O filme é uma coprodução soviético-italiana, do Mosfilm com a Quattro Favalli Cinematografica.