CPC-UMES FILMES

VÁ E VEJA (1985), de Elem Klimov

Em 1943, o adolescente Floria, de uma aldeia bielorrussa, encontra um velho fuzil e se junta ao movimento guerrilheiro de resistência contra os nazistas. A ocupação da Bielorrússia foi de uma selvageria sem precedentes. Das 9.200 localidades destruídas na URSS durante a 2ª. Guerra Mundial, 5.295 estavam situadas naquela região. Mais de 600 vilas, como Khatyn, foram aniquiladas juntamente com toda a sua população. 2.230.000 de soviéticos, um terço dos habitantes da Bielorrússia, foram mortos durante os anos da invasão alemã. O título do filme é uma alusão ao capítulo 6, versículos 7 e 8, do Apocalipse de S. João.

ALEKSANDR NEVSKY (1932), de Serguey Eisenstein

Na primeira metade do século 13, o príncipe Aleksandr Nevsky evita o confronto com os tártaros que impunham pesados tributos às cidades russas e concentra os esforços na organização de um exército popular que derrota uma ameaça mais perigosa: os temíveis Cavaleiros Teutônicos, que pretendiam se apossar do território russo, submetê-lo ao Sacro Império Romano-Germânico e erradicar sua cultura. Rodado por Eisenstein, em 1937-38, o paralelo que o filme estabelece entre aqueles invasores e as hordas hitleristas que se preparavam para devastar a URSS é cem por cento intencional, mas nem por isso menos rigoroso do ponto de vista histórico. Com trilha musical de Serguey Prokofiev, “Aleksandr Nevsky” foi cuidadosamente restaurado pelo Mosfilm em 2015.

A HISTÓRIA DE UM HOMEM DE VERDADE (1948), de Aleksandr Stolper

Piloto caído atrás das linhas inimigas não se rende. Gravemente ferido, regressa às fileiras e, após um ano de trabalho para se adaptar às próteses nas duas pernas, volta a voar, completando 86 missões de combate. Os feitos de Alexey Maresyev foram também imortalizados no romance de Boris Polevoi e na ópera de Serguey Prokofiev, em 1946 e 1948.

12 CAIDEIRAS (1970), de Leonid Gayday

Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra. Baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueny Petrov.

Campeãs de bilheteria, as comédias de Gayday venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

A FILHA AMERICANA (1995), de Karen Shakhnazarov

Abandonado pela mulher que decide viver com um americano rico no país do Tio Sam, músico russo vai ao seu encontro, dez anos mais tarde, visando restabelecer os laços com a filha pré-adolescente.

COSSACOS DE KUBAN (1949), de Ivan Pyryev

Ambientado nas estepes do rio Kuban, nos primeiros anos do pós-guerra, o filme conta a história de dois kolkhozes (cooperativas agrícolas) que competem para ver quem consegue colher mais trigo. Realizado em cores, “Cossacos de Kuban” foi a maior produção musical do cinema soviético.

O CONTO DO CZAR SALTAN (1966), de Aleksandr Ptushko

Imortalizado na ópera de Rimsky-Korsakov, o célebre poema de Aleksandr Pushkin baseado num conto popular russo recebe a adaptação cinematográfica de um mestre dos efeitos especiais, cujas animações se integram à realidade com rara inteligência e beleza. Em “O Conto do Czar Saltan” a czarina traída por suas irmãs invejosas aporta numa ilha mágica depois de ter sido lançada ao mar com seu filho, o príncipe Gvidon, dentro de um barril selado. Com a ajuda de um cisne encantado que realiza os seus desejos, o príncipe inicia uma fantástica aventura que o levará ao encontro do pai e ao desmascaramento das farsantes.

BRAÇO DE DIAMANTE (1968), de Leonid Gayday

O cidadão soviético Semyon Gorbunkov sai a passeio num cruzeiro marítimo. Em seu retorno, acaba levando à URSS jóias escondidas por engano no gesso colocado em torno de seu braço esquerdo depois de uma queda em Istambul. Enquanto os contrabandistas realizam várias tentativas para recuperar as pedras preciosas, um capitão da polícia russa usa Gorbunkov como isca para pegar os criminosos. Mas a esposa do nosso herói começa a desconfiar que ele foi recrutado pela inteligência estrangeira ou está tendo um caso. Está armado o quiproquó.

CIDADE DOS VENTOS (2008), de Karen Shakhnazarov

Na década de 1970, jovem universitário que se proclama “dissidente” disputa com o amigo comunista o amor da doce Lyuda, enquanto o entusiasmo socialista na URSS vai sofrendo uma gradual, porém contínua, erosão.

UM ACIDENTE DE CAÇA (1978), de Emil Loteanu

Adaptado da novela de Anton Chekhov, publicada como folhetim em 1884-85 e considerada precursora do romance policial psicológico, o filme penetra no vazio moral da aristocracia decadente ao narrar o drama da jovem Olga, filha de um servo, cobiçada por três homens de meia-idade.