PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA

PEGA LADRÃO (1994), de Denoy de Oliveira
Produzido em 1994, com direção de Denoy de Oliveira, fotografia de Hemano Penna e música de Caíto Marcondes o documentário, produzido em Betacam, com duração de 30 minutos, tem como tema a privatização das estatais brasileiras, nos setores de siderurgia, eletricidade, telecomunicações e petróleo. O vídeo traz depoimentos de Barbosa Lima Sobrinho, Euzébio Rocha, general Andrada Serpa, Nelson Werneck Sodré e dos estudantes presentes no 30o Congresso da UBES. O documentário recebeu o Tatu de Ouro de Melhor Vídeo Educativo, na 21o Jornada Internacional de Cinema da Bahia.
QUEREM BATER MINHA CARTEIRA (1996), de Denoy de Oliveira
Produzido em 1996, com direção de Denoy de Oliveira e fotografia de Sílvio Vieira, “Querem Bater Minha Carteira” é uma interessante experiência de transposição de um espetáculo teatral para a linguagem cinematográfica. A comédia musical, que estreou em setembro de 1995, narra a luta pela conquista da carteirinha de meio-passe e meia-entrada. O tema é específico do universo estudantil, mas se liga aos grandes problemas da atualidade, desde o aumento abusivo das mensalidades à privatização de nossas estatais. Duração: 52 minutos. Cópias em VHS, sistema NTSC.
GERALDO FILME (1997), de Carlos Cortez
Produzido em 1997, com direção de Carlos Cortez, argumento de Sérgio Rubens de Araújo Torres, fotografia de Hélcio Alemão Nagamini e montagem de Paulo Sacramento o média metragem (52 min), filmado em 16 milímetros, conta a trajetória do notável sambista e revela as origens e peculiaridades do samba paulista. O filme recebeu o prêmio de Melhor documentário, no 3o Festival Internacional de Documentários (It’s All True), o Prêmio Especial do Júri, no 26o Festival de Gramado, o de Melhor Média Metragem, no Festival de Cuiabá, e os prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Montagem, no 10o Festival de Cinema de Brasília. O documentário contou com o apoio do Fundo Nacional de Cultura, da TV Cultura e da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
SEU NENÊ (1998), de Carlos Cortez
Produzido em 1998, com direção de Carlos Cortez e fotografia de Hélcio Alemão Nagamini, o média metragem (30 min), filmado em 35 milímetros, apresenta as memórias do inspirador da Nenê da Vila Matilde sobre a luta pela realização de seu sonho, criar uma escola de samba na Zona Leste de São Paulo. O documentário teve patrocínio do Fundo Nacional de Cultura. O filme recebeu o Prêmio Aruanda, de melhor documentário e o Prêmio de Melhor Som Direto, no 34o Festival de Cinema de Brasília realizado no final de novembro de 2001.
A GRANDE NOITADA (1998), de Denoy de Oliveira
Com direção de Denoy de Oliveira, o filme tem no elenco Othon Bastos, Silvia Pompeo, Esther Góes, Antonio Pompeo e Luciano Chirolli. A GRANDE NOITADA, produzido pela Palmares, em co-produção com o CPC-UMES, conquistou o Prêmio da Crítica, no 9o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, e foi lançado nacionalmente em dezembro de 1998. É um filme inovador que integra à narrativa cinematográfica elementos da ópera e do circo, para contar as aventuras e desventuras da última noite do empresário Tristão Roque Brasil.
O CATEDRÁTICO DO SAMBA (1999), por Noel Carvalho, Alessandro Gamo, Departamento de Multimeios da Unicamp e CPC-UMES
Produzido por Noel Carvalho, Alessandro Gamo, Departamento de Multimeios da Unicamp e CPC-UMES, O Catedrático do Samba é um documentário sobre a vida do cantor e compositor Germano Mathias. A partir dos depoimentos do artista, o filme enfoca o samba feito em São Paulo, nos anos 50 e 60. Ao lado de Adoriran Barbosa e Geraldo Filme, Germano Mathias – valorizador do gênero sincopado, na tradição do grande Caco Velho –é um marco do samba paulista. Dirigido por Noel Carvalho e Alessandro Gamo, com fotografia de Carolina Alves, o documentário foi finalizado em 1999.
LATITUDE ZERO (1999), de Toni Venturi
Com direção de Toni Venturi e atuação de Débora Duboc e Cláudio Jaborandy, Latitude Zero é um drama denso e forte, onde dois personagens vivem uma situação limite cercados pela solidão e a desolação dos amplos horizontes do planalto central. O filme foi totalmente rodado em um garimpo de ouro abandonado em Poconé, Mato Grosso, em junho de 1999. O roteiro cinematográfico é baseado em uma peça teatral inédita de Fernando Bonassi, um dos mais importantes autores da nova geração.
O filme é uma produção da Olhar Imaginário Filmes com o apoio CPC-UMES, e recebeu os seguintes prêmios: Melhor Roteiro (33o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, 2000), Seleção Oficial / Panorama (51o Festival de Berlim, 2001), Melhor Ator (5o Festival de Sta. Maria da Feira, Portugal, 2001), Melhor Direção / Atriz / Som Direto (5o Festival de Cinema Brasileiro de Miami, 2001), Melhor Direção / Ator / Roteiro / Arte (11o Cine Ceará, 2001), Seleção Oficial / World Cinema (26o Festival Internacional de Toronto, 2001), Melhor Direção / Arte (9o Festival de Cine e Vídeo de Cuiabá, 2001), Melhor Atriz / Ator (31o Festival Internacional de Kiev, 2001).
O GALANTE REI DA BOCA (2003), de Noel Carvalho
O filme aborda a trajetória de Antônio Polo Galante, conhecido como “O Rei da Boca”, fazendo um mapeamento do trabalho e formas de produção cinematográfica da “Boca do Lixo”. Recebeu o Prêmio ABD de Melhor Documentário no 9o Festival Internacional de Documentários (It’s All True), o 2o Lugar pelo Júri Popular e Menção Honrosa pelo Júri Oficial no Festival Latino-Americano de Cinema e Vídeo CineSul (2004). O documentário, com duração de 50 min, tem roteiro e direção de Alessandro Gamo e Luis Rocha Melo, fotografia de André Francioli, montagem de Severino Dadá e Eduardo Kishimoto, direção de produção de Noel Carvalho. Foi produzido por CPC-UMES, Inventarte e Maloca Filmes.
SÃO PAULO CIDADE ABERTA (2010), de Caio Plessmann de Castro
Na noite do dia 8 de julho de 1924, o general Isidoro Dias Lopes, colocado no comando pelos revolucionários que desde a madrugada do dia 5 lutavam na capital de São Paulo, decide a retirada para Jundiaí. O major Miguel Costa, da Força Pública Paulista, que liderava as tropas melhor apetrechadas do país, sublevadas desde o início, não aceita a decisão. Na manhã seguinte, o major é informado que o “presidente do Estado”, Carlos de Campos, fugira da cidade com as tropas governistas. São Paulo, a capital da oligarquia cafeeira, estava nas mãos dos revolucionários.
“São Paulo, Cidade Aberta” não é apenas a primeira obra cinematográfica sobre um dos maiores e mais heroicos episódios da nossa História, a Revolução de 1924. É uma daquelas obras definitivas, que será referência para as que virão a seguir. Dirigido por Caio Plessmann de Castro, com trilha sonora de Marcus Vinicius de Andrade e Argumento de Sérgio Rubens de Araújo Torres, o docudrama tem duração de 78 minutos e foi patrocinado pela Eletrobrás.