MOSTRAS E CINECLUBE

MOSTRA UMA VOLTA AO MUNDO EM 30 FILMES
30 dias, 30 filmes e 23 países. Essa é a proposta da nova mostra de cinema do Cine-Teatro Denoy de Oliveira, situado no coração do Bixiga, para as noites de quarta-feira. O convite é para dar, literalmente, uma volta ao mundo conhecendo o que há de melhor no cinema de cada um dos quatro cantos da Terra.
Passaremos pouco mais de 1 hora e meia no Brasil, com “O Bem Amado”, depois iremos à Argentina, com “Clube da Lua”. Seguiremos para o Chile, Colômbia, Peru, até o México e os Estados Unidos. Iremos também à terras distantes, como a antiga União Soviética, Rússia, China e Índia. Sem contar que todas as sessões de cinema têm entrada franca!
É só aparecer, pegar seu passaporte na entrada e viajar como se não houvesse amanhã.
Local: Cine-Teatro Denoy de Oliveira (SP)
Brasil: O Bem Amado (2010), de Guel Arraes
Argentina: Clube da Lua (2004), de Juan José Campanella
Chile: Machuca (2004), de Andrés Woods
Colômbia: A Estratégia do Caracol (1993), de Sergio Cabrera
Peru: A Borboleta Negra (2006), de Francisco J. Lombardi
México: Macario (1960), de Roberto Gavaldón
EUA/Espanha/França: Che, o Argentino (2008), de Steven Soderberg
EUA: O Poder Vai Dançar (1999), de Tim Robbins
EUA: Matewan, a Luta Final (1987), de John Sayles
EUA: Um Dia Sem Mexicanos (2004), de Sérgio Arau
Austrália: O Ano Que Vivemos em Perigo (1982), de Peter Weir
Japão: Viver (1952), de Akira Kurosawa
URSS: Dersu Uzala (1975), de Akira Kurosawa
URSS: Aleksandr Nevsky (1938), de Serguey Eisenstein
Rússia: O Caminho para Berlim (2015), de Sergey Popov
Rússia: A Filha Americana (1995), de Karen Shakhnazarov
China: O Destacamento Vermelho de Mulheres (1960), de Xie Jin
Índia: O Levante (2005), de Ketan Mehta
Índia: O Vagabundo (1951), de Raj Kapoor
Checoslováquia: A Pequena Loja da Rua Principal (1965), de Janos Kadar e Elmer Klos
Alemanha: Nu Entre Lobos (1962), de Frank Beyer
França: Sessão Especial de Justiça (1975), de Costa-Gavras
Espanha: Ai, Carmela! (1990), de Carlo Saura
Itália: Sostiene Pereira (1996), de Roberto Faenza
Itália: O Caso Mattei (1972), de Francesco Rosi
Inglaterra: Rota Irlandesa (2006), de Ken Loach
Israel: Posto de Controle (2003), de Yoav Shamir
Líbia: O Leão do Deserto (2007), de Mustapha Akad
Benin: Africa Paradis (2006), de Sylvestre Amoussou
Brasil: Estômago (2007), de Marcos Jorge
CINEMA COM PARTIDO: MOSTRA DEMOCRÁTICA
Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único, da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.
Para a extrema-direita, isto é doutrinação.
Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.
Local: Cine-Teatro Denoy de Oliveira (SP)
O Vento Será Tua Herança (1999), de Daniel Petrie
A Vida de Galileu (1975), de Joseph Losey
Giordano Bruno (1973), de Giuliano Montaldo
Entre Deus e o Pecado (1960), de Richard Brooks
Sangue Negro (2007), de Paul Thomas Anderson
Bob Roberts (1992), de Tim Robbins
Matewan, a Luta Final (1987), de John Sayles
Os Companheiros (1963), de Mario Monicelli
Germinal (1993), de Claude Berri
Tempos Modernos (1936), de Charlie Chaplin
Umberto D (1952), de Vittorio De Sica
Serras da Desordem (2005), de Andrea Tonacci
Queimada (1969), de Gillo Pontecorvo
Mangal Pandey, o Levante (2005), de Ketan Mehta
Coronel Delmiro Gouveia (1976), de Geraldo Sarno
O Desaparecido (1982), de Costa-Gavras
Posto de Controle (2003), de Yoav Shamir
Os Deuses Malditos (1969), de Luchino Visconti
Lava Jato à Italiana (1962), de Luigi Zampa
Ai, Carmela! (1990), de Carlos Saura
Sessão Especial de Justiça (1975), de Costa-Gavras
Vá e Veja (1985), de Elem Klimov
O Fascismo de Todos os Dias (1965), de Mikhail Romm
Cidadão Cohn (1992), de Frank Pierson
Um Rei em Nova York (1957), de Charlie Chaplin
Boa Noite, Boa Sorte (2005), de George Clooney
Bienvenido, Mr. Marshall! (1953), de Luís Garcia Berlanga
Rosa Blanca (1961), de Roberto Gavaldón
O Caso Mattei (1972), de Francesco Rosi
Ouro Negro (2009), de Isa Albuquerque
Jango (1984), de Silvio Tendler
Kamchatka (2002), de Marcelo Piñeyro
Zuzu Angel (2006), de Sérgio Rezende
Mississipi em Chamas (1988), de Alan Parker
Tenda dos Milagres (1977), de Nelson Pereira dos Santos
Histórias Cruzadas (2011), de Tate Taylor
O Sal da Terra (1953), de Herbert J. Biberman
Revolução em Dagenham (2011), de Nigel Cole
Local: Cine-Teatro Denoy de Oliveira (SP)
A Vida de Galileu (1975), de Joseph Losey
Debatedor: Valério Bemfica, presidente do Centro Popular de Cultura (CPC-UMES).
O Julgamento do Macaco (1960), de Stanley Kramer
Debatedor: Walter Neves, professor do Instituto de Biociências da USP, é conhecido como o “pai” de Luzia, o mais antigo crânio humano encontrado nas Américas.
Caçada Humana (1966), de Arthur Penn
Debatedor: Jamil Murad, médico, foi vereador na cidade de São Paulo, deputado estadual por três mandatos e deputado federal.
Milagres à Venda (1992), de Richard Pierce
Debatedor: Pastor Ariovaldo Ramos, coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.
Capitalismo: Uma História de Amor (2009), de Michael Moore
Debatedor: Nilson Araújo, economista com mestrado pela UFRGS, doutorado pela UNAM (México) e pós-doutorado FEA/USP. Autor de “Economia Brasileira de Getúlio a Lula“, entre outros livros.
Snowden (2016), de Oliver Stone
Debatedor: Glenn Greenwald, escritor e jornalista norte-americano radicado no Brasil. Fundador e co-editor do The Intercept.
Driblando a Democracia (2018), de Thomas Huchon
Debatedor: Alessandro Molon, deputado federal (PSB-RJ) e integrante da CPI da Fake News.
Daens, Um Grito de Justiça (1992), de Stijn Coninx
Debatedora: Maria Pimentel, secretária de relações internacionais da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
A Classe Operária Vai ao Paraíso (1971), de Elio Petri
Debatedores: Nivaldo Santana, deputado estadual por três mandatos e atual secretário de relações internacionais da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), e Rodrigo Gomes, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
El Empleo (2008), de Santiago Bou Grasso
Debatedor: Orlando Silva, deputado federal (PCdoB-SP). Foi presidente da União Nacional dos Estudantes e Ministro dos Esportes.
Eu, Daniel Blake (2016), de Ken Loach
Debatedor: Jorge Venâncio, coordenador do Comitê Nacional de Ética em Pesquisa e do Conselho Nacional de Saúde.
O Veneno Está na Mesa 1 (2011) e 2 (2014), de Sílvio Tendler
Debatedor: Silvio Tendler, um dos documentaristasmais importantes do país. Em 50 anos de carreira, lançou mais de 70 longas, médias e curtas-metragens em salas de cinema, canais de TV e na internet.
Mauá, o Imperador e o Rei (1999), de Sérgio Rezende
Debatedor: Sérgio Rezende, cineasta e roteirista. Além de Mauá, dirigiu dezenas de filmes como Zuzu Angel (2006) e Salve Geral (2009).
A Guerra do Ópio (1997), de Xie Jin
Debatedor: Samuel Pinheiro Guimarães, embaixador, foi diretor da Embrafilme, secretário geral do Itamaraty e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Prelúdio de Uma Guerra (1942), de Frank Capra e Anatole Litvak
O Grande Ditador (1940), de Charlie Chaplin
Debatedor: Luiz Zanin Oricchio, jornalista, crítico de cinema e colunista do jornal O Estado de São Paulo.
Sostiene Pereira (1996), de Roberto Faenza
Debatedores: Clóvis Monteiro, editor da Hora do Povo, e Altamiro Borges, jornalista, editor do Blog do Miro.
Casablanca (1942), de Michael Curtiz
Debatedora: Maria do Rosário Caetano, jornalista, especialista em cinema brasileiro e autora do blog Almanakito.
A Jovem Guarda (1948), de Sergei Gerasimov
Debatedor: Mauro Bianco foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes durante o processo de impeachment de Collor e vice-presidente da Federação Mundial das Juventudes Democráticas.
Tigre Branco (2012), de Karen Shakhnazarov
Debatedor: Sergey Pogóssovitch Akopov, Embaixador da Federação da Rússia.
O Conselho dos Deuses (1950), de Kurt Maetzig
Debatedora: Mariana Moura, cientista engajada, pesquisadora FAPESP e professora de Relações Internacionais na ESAMC-SP.
Julgamento em Nuremberg (1961), de Stanley Kramer
Debatedor: Felipe Santa Cruz, presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil.
Culpado Por Suspeita (1991), de Irwin Winkler
Debatedores: Marcus Vinicius de Andrade, maestro, compositor, dramaturgo e presidente da Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes (AMAR) e João Batista de Andrade, cineasta, roteirista e escritor, foi presidente do Memorial da América Latina, Secretário de Cultura do Estado de São Paulo e Ministro da Cultura.
Corações e Mentes (1974), de Peter Davies
Debatedor: Sérgio Muniz, cineasta, participou como montador e diretor de inúmeros documentários da Caravana Farkas. Representante da Fundación del Nuevo Cine Latino-americano (FNCL).
JFK (1991), de Oliver Stone
Syriana, a Indústria do Petróleo (2005), de Stephan Ghagan
Debatedor: Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, foi diretor da Petrobrás, sendo um dos principais responsáveis pela descoberta dos campos do pré-sal.
Limoeiros (2008), de Eram Riklis
Machuca (2003), de Andrés Wood
Debatedor: João Vicente Goulart, filósofo, poeta e escritor, é presidente do Instituto João Goulart. Foi deputado estadual (RS) e candidato à Presidência da República.
A História Oficial (1985), de Luiz Puenzo
Debatedora: Susana Lischinsky, programadora do CPC-UMES Filmes.
Pra Frente Brasil (1982), de Roberto Farias
Debatedor: Carlos Lopes, Diretor de Redação da Hora do Povo, autor de “Os crimes do cartel do bilhão contra o Brasil – O esquema que assaltou a Petrobrás”.
Tancredo, A Travessia (2011), de Sílvio Tendler
Infiltrado na Klan (2018), de Spike Lee
Debatedor: Nei Lopes, compositor, cantor, escritor e estudioso das culturas africanas, no continente de origem e na Diáspora Africana. É diretor da Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes (AMAR).
Xica da Silva (1976), de Cacá Diegues
Debatedora: Zezé Motta, atriz e cantora, participou de mais de 40 filmes, inúmeras produções de televisão e gravou mais de uma dezena de discos.
Tratoristas (1939), de Ivan Pyriev
Debatedora: Vera Gers Dimitrov, diretora da Associação Cultural Grupo Volga de Folclore Russo, dedicada a difusão da cultura e das tradições russas no Brasil.
Norma Rae (1979), de Martim Ritt
Debatedoras: Nádia Campeão foi secretária de Educação e vice prefeita de São Paulo. Márcia Campos foi fundadora e presidente da Confederação das Mulheres do Brasil, presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres.
A Estratégia do Caracol (1993), de Sérgio Cabreira
MOSTRA CAMINHOS PARA A PAZ: CINEMA ISRAEL-PALESTINA
Durante muitos anos, a filmografia dos conflitos entre palestinos e israelenses permaneceu escassa. A partir do ano 2000, uma série de obras realizadas por cineastas locais tem ganhado as telas do mundo e colecionado prêmios internacionais. Selecionamos quatro, entre as melhores, que buscam explicitar diferentes perspectivas do conflito e contribuir na construção de um caminho para a paz.
Para arrematar a Mostra, teremos ao final um debate com representantes das duas comunidades: Daniel Douek, colaborador do Instituto Brasil-Israel, e Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL).
Local: Cine-Teatro Denoy de Oliveira (SP)
Paradise Now (2005), deHany Abu-Assad
Bubble (2006), de Eytan Fox
Limoeiro (2008), de Eram Riklis
Promessas de Um Novo Mundo (2001), de Justine Shapiro, Carlos Bolado, B.Z. Goldberg
MOSTRA MILTON GONÇALVES
Homenageando um dos grandes atores e diretores brasileiros, que nos deixou em maio de 2022, a Mostra Milton Gonçalves exibiu 4 clássicos de sua extensa e invejável carreira. Em dois deles Milton é protagonista. Mas, mesmo nos dois filmes em que faz papel coadjuvante, deixa sua inconfundível marca de qualidade.
Local: Cine-Teatro Denoy de Oliveira (SP)
Natal da Portela (1988), de Paulo César Saraceni
Carandiru (2003), de Héctor Babenco
A Rainha Diaba (1974), de Antonio Carlos Fontoura
Eles Não Usam Black-tie (1981), de Leon Hirszman
MOSTRA INDEPENDÊNCIA – EPISÓDIOS DA LUTA
Do passado distante aos dias atuais, a História do Brasil é marcada por episódios da luta por independência, em defesa de uma nação verdadeiramente soberana, democrática, e contra a exploração e a opressão do povo.
A “Mostra Independência: Episódios da Luta” reúne alguns momentos que marcaram a identidade brasileira como a de um povo que luta e resiste, muito antes e além do 7 de setembro de 1822.
“Há 200 anos, às margens do Riacho Ipiranga, o Brasil se declarava nação independente, após diversos episódios de mobilização e tentativas de se libertar da exploração portuguesa. Enquanto o país apoiava a proclamação de independência, tropas portuguesas, em algumas regiões, tentaram resistir. É o caso da Bahia, que só proclamou sua independência após a vitória sobre o exército lusitano, no ano seguinte, em 2 de julho de 1823. Já Portugal, reconheceu a independência política de nosso país apenas em 1825”.
Local: Cine-Teatro Denoy de Oliveira (SP)
Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade
Os Invisíveis do Paraguaçu (2019), de Lucas Mascarenhas e Tamires de Jesus
O Sol da Bahia (2021), dir. de Orlando Senna
Coronel Delmiro Gouveia (1977), dir. de Geraldo Sarno
Manhã Cinzenta (1969), de Olney São Paulo
Barra 68 (2001), de Vladimir Carvalho
Bacurau (2019), de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles