GRAVADORA CPC-UMES
Criada em 1997, a Gravadora CPC-UMES é uma alternativa para todas as correntes da Música Popular Brasileira, notadamente aquelas que por sua qualidade e diferenciação não encontram lugar na mídia convencional. A gravadora valoriza as expressões regionais, a tradição étnica, a história musical do povo brasileiro, a memória sonora do nosso cinema e do nosso teatro, o trabalho dos novos, o resgate dos mestres, a vanguarda, o clássico, o moderno e o eterno.
Nosso compromisso maior é com a qualidade e a valorização do principal bem cultural de nosso país: a música. A gravadora tem como diretor artístico o maestro Marcus Vinícius de Andrade e tem cerca de 120 títulos no catálogo, que pode ser conferido abaixo.
Tocador de Vida e de Viola - Adauto Santos
Doutor em música e sentimento, dono de uma voz privilegiada e também violeiro de alta qualidade, Adauto Santos apresenta uma coleção de canções emocionantes, que têm a simplicidade como elo de ligação. Compositor e intérprete, Adauto Santos (1940-1999) é um dos nomes mais importantes da vertente paulista da Música Popular Brasileira, desde os famosos Festivais de Música promovidos pela televisão, nos anos 60. Este álbum foi indicado para o Prêmio Sharp de Música/97, na categoria Música Regional. Vale destacar “Vida Marvada”, “Chuá, Chuá” e “Triste Berrante”.
Pote da Memória - Luiz Carlos Bahia
O poeta e cantador baiano Luiz Carlos Bahia traz neste CD, uma cantata que é um regresso à terra natal, à infância, às emoções deixadas no tempo, através de canções como “Pote da Memória”, “Fazendinha”, “Estrela Mulher”, “Maracatu Boi Brasil”, “Tinha, Cadê?” e “Viajano cum Xangai” (com participação especial deste). Sendo também um dos mais experientes atores do teatro e do cinema brasileiro, Luiz Carlos Bahia deu a este CD uma estrutura dramática, dividindo-o em 5 partes, como uma peça teatral: Prólogo – Lembrança; Ato I – Viagem; Ato II – Amor; Ato III – Luta; Epílogo -Esperança. O disco tem arranjos dos maestros Marcus Vinícius e Dyonísio Moreno.
Canudos – Gereba
Cantor, compositor e violonista dos mais respeitados, ex-integrante do Grupo Bendegó, Gereba traz neste emocionante trabalho sua visão dos episódios que marcaram a Guerra de Canudos. Tendo nascido em Monte Santo (Bahia), na região onde se deu aquela epopeia sertaneja, Gereba nos apresenta grandes canções como “Duas Pedras” (em parceria com João Bá), “O Gole”, “Muié Santa de Canudos” (em parceria com Patinhas), “Centenário de Canudos” (com a participação especial do Grupo Olodum), além do cordel “A História Fará Sua Homenagem”, de Ivanildo Vilanova, em que retrata a figura de Antonio Conselheiro.
O Desafio do Repente - Oliveira e Panelas, Ismael Pereira, Valdir Teles e Sebastião da Silva
Este CD duplo, gravado ao vivo no Memorial da América Latina, em São Paulo, traz, na íntegra, a grande final do 1o Campeonato Brasileiro de Poetas Repentistas, promovido pelo CPC-UMES e a UCRAN (União dos Cantadores Repentistas e Apologistas do Nordeste). O CD traz diversos gêneros da cantoria popular nordestina, apresentando exemplos da mais pura arte do improviso, tendo Lourinaldo Vitorino, também cantador e repentista, como apresentador. Tanto Lourinaldo como Oliveira de Panelas, o vencedor do 1o Campeonato Brasileiro de Poetas Repentistas, exibiram-se com grande sucesso em Paris, em março de 1998, no Salão do Livro em homenagem ao Brasil.
Bambu
Como na boa Música Brasileira tudo é sempre surpreendente, este grupo apresenta uma sonoridade absolutamente inédita, sendo composto de: harpa (Cristina Braga), contrabaixo (Ricardo Medeiros), gaita de boca (José Staneck) e voz (Bárbara Lau), auxiliados pela percussão de Russel May. O currículo dos músicos é dos melhores: Cristina é a primeira harpista do Teatro Municipal do Rio (é ela quem está com os Titãs no disco “Acústico”), Ricardo é doutor em Música Contemporânea por uma universidade inglesa, Staneck um conceituado concertista e Bárbara, uma cantora jovem mas com experiência internacional, tendo vivido na Alemanha.
Brasil Acordeon - Cézar do Acordeon
Neste CD temos um verdadeiro passeio por quase todos os gêneros instrumentais brasileiros. Cézar do Acordeon nos mostra choros, frevos, forrós, guarânias, toadas e outros ritmos tradicionais brasileiros, através de uma linguagem musical apurada, que revela todo o seu talento e sua técnica como um dos maiores acordeonistas do país. Acompanhado Cézar neste CD estão os músicos Valério Fernandes (violão de sete cordas e cavaquinho), Jotagê (clarinete e sax), Jaime Marques Saraiva – Pratinha (flauta e bandolim), Jaime Curacá (surdo, pandeiro e efeitos), José Bezerra de Menezes – Zito (zabumba e triângulo).
Tocata Brasileira Para Pinho e Arame - Gisela Nogueira e Gustavo Costa
A viola-de-arame foi um dos primeiros instrumentos de cordas dedilhadas da Música Popular Brasileira. Era com ela que Gregório de Matos – o “Boca do Inferno” – compunha seus famosos lundus e com ela o poeta Domingos Caldas Barbosa surpreendeu a corte lisboeta cantando as deliciosas modinhas brasileiras, isso nos séculos XVII e XVIII. Gisela Nogueira é a nossa maior especialista na viola-de-arame. Juntou-se a Gustavo Costa, um novo talento do violão nacional, para nos apresentar um repertório de clássicos da música instrumental brasileira, que vai de Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Garoto, Pixinguinha e Anacleto de Medeiros até Radamés Gnattali.
Mafuá - Banda Mafuá
A força da Música Brasileira sempre foi capaz de resistir a todos os modismos. Assim, apesar dos esforços de certa parte da mídia para nos impingir o lixo musical internacional, estamos vendo a juventude brasileira voltar-se para o forró, para o baião, para o xote, para as cantigas de bumba-meu-boi, fazendo isso com grande alegria e competência. É o caso desta Banda Mafuá, formada por jovens músicos de São Paulo que, unidos a músicos de outras partes do Brasil, lança seu primeiro CD com obras de João do Vale, Tom Zé, Vicente Barreto, além de composições próprias, tudo com muito vigor e competência técnica.
Catarsis - Vocal Catarsis
Integrado por quatro rapazes e quatro moças, todos com formação musical superior, realizada no Instituto de Artes de Havana, o Vocal Catarsis faz um trabalho que conjuga tanto a harmonia tradicional quanto a contemporânea com um amplo emprego de efeitos sonoros, em que se destaca a vocalização em substituição aos instrumentos musicais.
O grupo atua sem acompanhamento instrumental, mas a impressão do ouvinte é que há uma orquestra invisível a acompanhá-los, principalmente nos gêneros cubanos, como o son, a guaracha, o danzón, o guaguancó, o bolero, a salsa, o cha-cha-chá, a rumba e, especialmente, nos cantos de santeria e dos cultos yoruba, congo e arará.
De Sertões e Serestas - Francisco Araújo
País de grandes instrumentistas de violão, o Brasil sempre prepara surpresas nessa área. Francisco Araújo é uma delas. Primo do legendário Canhoto da Paraíba e já conhecido nos meios musicais paulistas, como compositor e acompanhante, Chico realizou este seu primeiro CD, onde apresenta parte do trabalho que já o faz ser considerado como um dos nossos maiores virtuoses violonísticos. Mesclando rigorosa técnica (com muitos acentos espanhóis) e expressividade brasileira, o instrumentista apresenta choros, frevos, valsas e outros ritmos, numa mostra de seu talento de verdadeiro renovador do violão brasileiro, com estilo próprio e inteiramente original.
Caravana Contrária - Mário Chamie
Com este lançamento, a gravadora CPC-UMES deu início à série “Poesia Já!”, cujo objetivo é difundir a melhor produção poética nacional, na voz de seus próprios criadores. Para isso não poderia haver melhor nome que o de Mário Chamie, destacado expoente da nossa poesia contemporânea. “Caravana Contrária” explora os recursos da tecnologia do áudio, para enfatizar, na leitura dos poemas, não só a intencionalidade estética, mas também a documental. Outro aspecto inovador está no tratamento dado pelo compositor Marcus Vinícius que criou intervenções musicais exclusivas para cada poema.
A Luz do Vencedor - Luiz Carlos da Vila
Para reverenciar a memória de Candeia, nos vinte anos de sua morte, Luiz Carlos da Vila (1949-2008) e a gravadora CPC- UMES editaram o CD “A Luz do Vencedor”.
Para tanto, foram buscadas obras inéditas do mestre, bem como sambas que realizou com amigos mais próximos, como o próprio Luiz Carlos da Vila (“A Luz do Vencedor”), além de Catoni, Jabolô e Walteni (que comparecem com “Madrugada Linda” e “Lua”). O CD conta com a participação de Mart’Nália, na faixa “Amor não é Brinquedo” (Candeia e Martinho da Vila) e Cláudio Camunguelo, em “Peixeiro Granfino” e “Ouço uma Voz”. A direção musical e os arranjos são de Cláudio Jorge.
História do Samba Paulista I - Osvaldinho da Cuíca
“História do Samba Paulista – I” apresenta a trajetória deste gênero musical no estado de São Paulo. Inicia com um vissungo, seguindo-se um partido-alto das últimas décadas do século XIX, passando ainda pelo jongo, pelo lundu, e prossegue registrando a evolução do samba paulista, através da obra dos mais significativos autores ligados às agremiações carnavalescas. Para a gravação foram convidados músicos das diversas escolas de samba de São Paulo, além de quatro cantores-solistas a quem muito deve a história do samba paulista: Osvaldinho da Cuíca, que protagoniza o CD, Germano Mathias, Thobias da Vai-Vai e Aldo Bueno.
Sincopando o Breque - Nei Lopes
Nei Lopes não é conhecido apenas como excelente autor e intérprete do samba, mas também como pesquisador da cultura afro- brasileira, com vários livros publicados, poeta, professor e dirigente de classe. Nascido no subúrbio carioca do Irajá, mas hoje classificado antropologicamente como um típico “homovilaisabelensis”, ele propõe, neste CD, a recuperação de um dos mais sofisticados gêneros de nossa canção popular: o samba-sincopado. No repertório, além de obras exclusivas do próprio Nei, destacam-se suas parcerias com João Nogueira, Zé Luiz, Claudio Jorge, Dauro do Salgueiro, Wilson Moreira e Maurício Tapajós.
Mulheres no Repente - Minervina Ferreira e Mocinha da Passira
Este CD é o primeiro registro fonográfico de uma “peleja” entre duas mulheres-repentistas. O máximo que já tinha sido permitido às mulheres era participarem, e quase sempre secundariamente, de discos onde as estrelas eram homens-repentistas. Mocinha da Passira e Minervina Ferreira são as duas maiores repentistas do Brasil e estão, reconhecidamente, entre os melhores repentistas de ambos os sexos. Outro destaque vai para a viola de Chico Galvão que, com toques refinados e puxadas rítmicas criativas, ajuda as duas repentistas a mostrarem o melhor do repente nordestino.
Mulheres em Pixinguinha - Neti Szpielmann, Daniela Spielman e Sheila Zagury
Pixinguinha foi um dos maiores criadores musicais brasileiros, havendo mesmo quem o considere o mais importante nome de nossa música. Passados 26 anos de sua morte, três mulheres (Neti Szpielmann, cantora, Daniela Spielman, flautista e saxofonista e Sheila Zagury, pianista) vêm revelar um olhar feminino sobre sua obra, através do CD “Mulheres em Pixinguinha”. O CD traz pérolas como “Naquele Tempo”, “Cheguei”, “Um a Zero”, “O Gato e o Canário” (todas de Pixinguinha e Benedito Lacerda) e “Rosa” (Pixinguinha e Otávio de Souza) – que registra a última gravação do cantor Adauto Santos, falecido um dia após realizá-la, como Artista Convidado.
As Fugas do Sol - José Nêummane Pinto
Com o CD “As Fugas do Sol”, José Nêumanne Pinto apresenta parte da poesia que produziu ao longo de 30 anos. O maestro Marcus Vinícius de Andrade foi chamado para a ariscada tarefa de agregar sons a ideias e palavras.
Longe de ser “fundo musical” ou mera sonoplastia, as intervenções sonoras aqui utilizadas pretendem inserir-se no próprio diálogo poético, interagindo com o discurso verbal, comentando-o por vezes e a ele agregando novas possíveis referências ou significados.
O Choro da Madeira - Nonato Luiz
A grande escola do violão brasileiro tem uma dívida imensa com o Nordeste. Foi aquela região que vieram os pernambucanos Meira, João Pernambuco, Henrique Eanes e Heraldo do Monte, os paraibanos Chico Soares (Canhoto da Paraíba) e Sevy Falcão, o cearense José Menezes, além de muitos outros, sem falar no baiano João Gilberto, que revolucionou a batida do samba, com o famoso “violão gago” que se tornou a marca registrada da bossa-nova. O cearense Nonato Luiz, no auge de sua criatividade, apresenta “O Choro da Madeira”, no qual demonstra ser dono de um dos toques mais refinados e elegantes do atual violão brasileiro.
Comadre Florzinha - Comadre Florzinha
Composto por seis talentosas meninas – Alessandra (mineiro e vocal), Isaar (vocal), Karina (zabumba e vocal), Maria Helena (agogô e vocal), Renata (sanfona e vocal) e Telma (triângulo e vocal) – o Comadre Florzinha valoriza a cultura popular brasileira e encanta o público com um repertório de alta qualidade, composto de cocos, toadas de reisados, cavalos-marinhos, baianás e cantos da região da zona da mata pernambucano-alagoano. As cinco primeiras faixas deste CD, são cantos populares recolhidos pelo Mestre Pitiguari (“Maré”), pela mestra Virgínia Morais (“Araúna”, “Roseira Di”, “Pirulito”) e pela Mestra Hilda (“Ô Papai”).
Respeita Gonzagão! - Cézar do Acordeon
Neste CD, Cézar do Acordeon homenageia o Rei do Baião. Porém, mais que o Gonzaga-compositor, já conhecido e admirado por todo o Brasil, em “Respeita Gonzagão!”, Cézar reverencia o Gonzaga-músico, o Gonzagão-sanfoneiro, em cujas mãos o acordeon ganhou nova linguagem e novos toques, revelando possibilidades ritmicas e técnicas até então desconhecidas. Conciliando tradição com sofisticação harmônica, Cézar revisita a obra de Gonzaga, em clássicos como “Paraíba”, “Assum Preto”, “Asa Branca”, “Qui nem Jiló”, “Cintura Fina”, “Vida de Viajante”, “Respeita Januário”.
Carmélia Alves Abraça Jackson do Pandeiro e Gordurinha - Carmélia Alves
Aos 76 anos, Carmélia Alves retorna ao disco, apresentando obras de Jackson do Pandeiro e Gordurinha.
Este trabalho traz o melhor desses artistas que retrataram o migrante nordestino no contexto urbano, de forma às vezes nostálgica, mas sempre bem-humorada. Nele, Carmélia esbanja toda a categoria que a tornou não apenas a Rainha do Baião, mas também a de todos os ritmos nordestinos. Participam ainda, como convidados especiais, com interpretações memoráveis junto à Carmélia, Elymar Santos (na faixa “Súplica Cearense”, de Gordurinha), Luís Vieira (em “Forró em Caruaru”, de Zé Dantas) e Inezita Barroso (em “Baião”, de Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira).
Como Tem Passado!! - Maricenne Costa
Baseado em pesquisa de José Ramos Tinhorão, este CD da cantora Maricenne Costa reinterpreta as primeiras obras gravadas em cada um dos gêneros musicais brasileiros. Temos, assim, desde a primeira obra gravada no país (o lundu “Isto É Bom”, de Xisto Bahia, em 1902), ao primeiro tango brasileiro registrado em disco (“As Laranjas da Sabina”, de Arthur e Aluízio Azevedo, 1902), a primeira modinha, a primeira cançoneta, a primeira marcha, o primeiro maxixe, o primeiro samba, o primeiro samba-canção, a primeira embolada, a primeira toada paulista, além do “Forrobodó” de Chiquinha Gonzaga, um maxixe que foi classificado como tango, no selo da gravação original.
Quem Não Chora Não Ama - Izaías Bueno de Almeida
Izaías Bueno de Almeida, ou simplesmente Izaías, é figura legendária no choro brasileiro, sendo considerado o mais legítimo sucessor do grande Jacob do andolim. Este seu CD, “Quem Não Chora Não Ama”, destaca- se pelo repertório especialíssimo, que reúne, autores clássicos, como Pixinguinha, Jacob, Ernesto Nazareth, a compositores de linguagem mais contemporânea, como Laurindo de Almeida, Johnny Alf, Di Veras, Lúcio França e Israel de Almeida (irmão de Izaías e grande responsável pelos arranjos e direção musical deste disco). Ele também se distingue por congregar a formação tradicional dos conjuntos de choro com as sonoridades orquestrais.
Forró Número Um - Antonio Barros e Cecéu
Vítimas do preconceito que a indústria fonográficasempre dedicou aos autores da música regional brasileira, Antonio Barros e Cecéu finalmente conseguiram escapar dos discos artesanais e das produções de segunda linha, realizando esse “Forró Número Um” – um CD com tratamento de primeira, que finalmente lhes faz justiça como uma das mais prolíficas e atuantes duplas da Música Brasileira. O disco é uma espécie de antologia, contendo canções famosas da dupla, entre as quais não poderiam faltar “Homem com H”, “Bate Coração”, “Procurando Tu”, “Forró do Xenhenhém”, “Casamento da Maria”, “Por Debaixo dos Panos”.
Sou Mais Brasil - Inezita Barroso
O Produtor Synésio Gimenez Jr. reuniu alguns dos mais expressivos músicos, aqueles que estiveram presentes em vários momentos da trajetória de Inezita: assim, temos Théo de Barros (que divide com ela um emocionante “Cuitelinho”), o violeiro Roberto Correa (em “Viola Enluarada”), Paulinho Nogueira (“Procissão de Sexta-feira Santa”), Natan Marques (“A Saudade Mata a Gente”, “Pingo D’Água” e “Ave Maria”), Robertinho do Acordeon e Roberto Sion (“Ave Maria”), Toninho Ferraguti (“No Bom de Baile”), Caçulinha (“Pingo D’Água), Tião do Carro (“Meu Casório”), Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí (“Lampião de Gás”), além de Cézar do Acordeon e seu Regional.
Xodó do Brasil – Anastácia
Uma das mais prolíficas compositoras do Brasil, Anastácia é dona também de uma obra que impressiona por sua qualidade e coesão. Autora de clássicos como “Eu Só Quero um Xodó”, “Saudade Matadeira” e “Tenho Sede”, entre outros, Anastácia comparece neste CD com o melhor de sua obra. Entre as faixas, além das já mencionadas, destacam-se “Vamos Dançar Xote” e “Pássaro de Aço”, além de dois excelentes poutpourris, um de arrasta-pés e outro de xotes. O CD tem a participação de Dominguinhos, que junta sua voz a de Anastácia em “Tenho Sede”, criando uma memorável interpretação, à altura da bela canção que haviam composto, há mais de 20 anos.
Fazendo a Festa - Trio Sabiá
O Trio Sabiá é dono de longa carreira dentro da música nordestina, inclusive sendo um dos mais requisitados da atual noite paulistana. Do CD constam faixas de autores como Vital Farias (“Ai Que Saudade d’Ocê”), Antonio Barros (“Eu Sou o Estopim”, “Açúcar no Café”, “Vamos Ajuntar os Troços”), Dominguinhos e Anastácia (“Eu Só Quero Um Xodó”) e Izidoro Bispo (“Madalena”). A direção musical é de Cézar do Acordeon, o que deu ao trabalho um brilho extra. Essa qualidade foi ampliada com a presença de Dominguinhos (na faixa “Eu Só Quero Um Xodó”) e da Rainha do Baião, Carmélia Alves, em “Vamos Ajuntar os Troços”.
Riqueza do Brasil - Quinteto em Branco e Preto
O Quinteto em Branco e Preto chega a seu primeiro CD depois de uma carreira de quase quatro anos. Mesclando sua sonoridade jovem às melhores tradições do samba, o Quinteto tornou-se a principal referência paulistana dos sambistas cariocas, como Nei Lopes, Luiz Carlos da Vila, Monarco, Nelson Sargento e muitos outros, que sempre fizeram questão de escolher o Grupo para acompanhá-los em suas apresentações na cidade. Não foi por outra razão que Beth Carvalho, entusiasmada, assumiu o posto de Madrinha do Grupo. Além de Beth, o CD traz as participações de Almir Guineto, Wilson das Neves, Mauro Diniz e da Velha Guarda da Camisa Verde e Branco.
Diga Aonde Vai – Bambu
Juntando instrumentos tão pouco comuns nos conjuntos de música popular (como harpa e gaita de boca, que ganham performances suingadas e elegantemente brasileiras), o Bambu, ao surgir em 1999, com seu primeiro CD, colocou-se como uma das mais gratas promessas no campo da música nacional. Agora, com “Diga Aonde Vai”, o grupo afirma-se com uma das mais sólidas propostas no campo da MPB. Embora seu trabalho não seja exclusivamente instrumental, o Bambu impressiona pelo tratamento camerístico que dá às canções, nas quais as intervenções dos instrumentos somam-se à voz de Bárbara Lau, ela própria tratada como se fôra mais um instrumento do grupo.
Brasil na Mesma Toada - Celia e Celma
Neste novo disco, Celia e Celma fazem uma espécie de viagem sentimental em torno da toada – mostrando-a como um gênero presente na Música Brasileira de todos os tempos e de todas as regiões de nosso país. Assim, elas registram toadas de diversas épocas e procedências, assinadas tanto por antigos mestres como Ataulfo Alves,
Joubert de Carvalho, João de Barro, João Pacífico e Herivelto Martins, como também por contemporâneos como Raul Seixas, Ivan Lins, Dory Caymmi, Paulo César Pinheiro e Caetano Veloso. O trabalho é uma verdadeira antologia da toada brasileira, em todas as suas variantes.
Brasil, Um Século de Saxofone - JP Sax
Juntos, o JPSax, Moacir Santos, Proveta e Edson Rodrigues (outra grande revelação pernambucana do sax brasileiro), com o apoio de arranjadores exponenciais como Duda, Chiquito, Betinho Rodrigues, Marcelo Vilor e Arimatéia Veríssimo, contam a fabulosa história do saxofone em nosso país. Uma história de um século, que começa com Anacleto de Medeiros (1866-1907) e chega (por enquanto) a Vítor Assis Brasil e Carlos Malta. Essa história jamais terminará – pois como a cachaça, o futebol, o samba, a prontidão e outras bossas – o sax é hoje coisa nossa, muito nossa, como diria Noel.
Flor Amorosa - Flor Amorosa
Se mulheres no choro são raras, mulheres cantando choro são raríssimas. E não há como deixar de reconhecer que o choro canção também encontrou lugar em nossa música e em nosso sentimento. Quando este sentimento se vê embalado pelas vozes do grupo Flor Amorosa, não há quem escape: é puro entusiasmo, a emoção beirando a lágrima, produzindo aquele orgulho de sermos brasileiros, conterrâneos de Pixinguinha e Nazareth. O repertório é clássico e inclui uma homenagem a Chiquinha Gonzaga e a gravação de “Doce de Coco”, de Jacob do Bandolim com rara letra de João Pacífico.