CPC-UMES participa da comemoração dos 100 anos do estúdio Mosfilm em Moscou

Uma delegação de diretores do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (CPC-UMES) participou, no dia 19,  do evento em comemoração ao centésimo aniversário do Estúdio Mosfilm, realizado em Moscou.

O canal de TV Rossiya realizou a transmissão ao vivo do concerto de gala “Os Primeiros 100 anos. Aniversário do Estúdio Cinematográfico Mosfilm”. As filmagens aconteceram no histórico Primeiro Pavilhão, e o espetáculo contemplou vários gêneros artísticos, como balé, música popular, música orquestrada e performances acrobáticas.

O diretor do Mosfilm, Karen Shakhnazarov, fala sobre significado da data para todo o povo da Rússia diante das vinhetas de abertura dos filmes do Estúdio (Mosfilm)

Grandes nomes do cinema na Rússia estavam presentes, entre eles Vladimir Tolstoy, Anton Zlatopolsky, Alexander Akopov, Vladimir Dostal, Sergei Nikonenko, Svetlana Druzhinina, Anatoly Mukasey, Andrei Smirnov, Yuri Kara, Natalya Bondarchuk, Alexandra Zakharova, Nikolai Burlyaev, Igor Klebanov e Elena Tsyplakova.

Uma porção significativa do concerto foi dedicada aos veteranos do Mosfilm: o engenheiro de som do filme “Quando Voam as Cegonhas”, Igor Mayorov, de 94 anos, e o cinegrafista de “Guerra e Paz”, Anatoly Petritsky, de 93 anos, o dublê e coordenador de dublês Valery Leontyev, e o cinegrafista Nikolai Nemolyaev, de “O Mensageiro” e “Os Irmãos Karamazov”, além da mais antiga funcionária do Mosfilm, Maria Lyasnikova, de 99 anos, que completará cem anos em fevereiro, ou seja, tem a mesma idade do estúdio. Ela participou da defesa de Moscou na Segunda Guerra, e trabalhou como mensageira no Mosfilm. Quando a guerra começou, defendeu sua cidade natal e cavou trincheiras.

Além de terem trabalhado no Mosfilm, todos eles também são veteranos da Grande Guerra Patriótica, como os russos costumam chamar a luta pela libertação do nazismo invasor durante a Segunda Guerra Mundial. “Essas pessoas são a história da arte, a história do cinema, a história do nosso país. Nosso show é dedicado a elas”, comentou a apresentadora do espetáculo, Daria Zlatopolskaya.

A programação do evento foi uma verdadeira crônica dos 100 anos da história do cinema russo, em cuja formação e desenvolvimento o Mosfilm desempenhou papel fundamental. Foram apresentadas composições lendárias de filmes soviéticos e russos, como “Cossacos de Kuban”, “Quando Voam as Cegonhas”, “Estação Bielorrússia”, “O Mensageiro”, “Caminhando Por Moscou” e “Romance de Escritório”, entre muitas outras. Cenas, episódios, e storyboards de filmes russos eram transmitidos no telão durante as apresentações, e as paredes do pavilhão foram coloridas com projeções animadas.

Presença da delegação brasileira (composta dos integrantes do CPC-UMES, Igor Oliveira, Ekaterina Pivinskaia, Bernardo Torres, Susana Lischinsky e Apolo Longhi, esq. para dir.) registrada pelo Mosfilm

O diretor geral do Mosfilm, Karen Shakhnazarov, falou ao público encerrando o programa:  “O centenário do Mosfilm é uma data significativa para nós e, penso eu, para todo o país. Aqui estou por quase metade desses 100 anos. Realizei todos os meus filmes aqui e dirijo o estúdio há mais de vinte anos. Estava ansioso por esse evento. Acompanhei parte da preparação, mas propositalmente não fui aos ensaios para aproveitar ao máximo o show. Espero que nossos telespectadores estejam gostando. É muito importante que esta noite estejamos falando sobre essas profissões que são invisíveis. Atores, diretores e cinegrafistas, é claro, são importantes, mas é impossível fazer um filme sem dezenas de profissionais como assistentes de direção, engenheiros de som, técnicos de efeitos especiais, motoristas… Sem esse apoio nenhum cineasta jamais seria capaz de fazer qualquer coisa!”

“Parabenizamos o Estúdio Mosfilm e agradecemos pela oportunidade inesquecível de participarmos desse momento. E que venham mais 100 anos!”, afirmou Bernardo Torres que participou da delegação do CPC-UMES ao lado de Susana Lischinsky, Igor Oliveira, Apolo Longhi e Ekaterina Pivinskaia.

Publicado originalmente no jornal Hora do Povo